quarta-feira, 7 de julho de 2010

Com a palavra, Célio Turino.


Aprendi que, para compreender com mais afinidade o mundo, é preciso conhever as histórias das pessoas, é preciso saber de onde elas vêm, o que fazem, do que gostam. Cuidadosamente lê-las, observa-las, pois cada uma delas tem mil faces secretas a se revelarem, mas, para decifra-las, é preciso desprender da pressa do tempo, que vai seguindo seu ritmo acelerado esperando que todos o sigam.

Desde que iniciei a caminhada ao lado dos Pontos de Cultura, ouvi e vi tantas e impressionantes histórias se mesclarem num molejo tão sedutor; viravam sambas, construções, poesias, encontros, contos, oficinas, músicas, vídeos, rodas. Viravam e reviravam a mesa já posta simplesmente pelo prazer de se reinventarem. Cada história era única, ia se entrelaçando em outra, e de repente, se desdobrava na sequ~encia de uma, várias outras... História de Ponto de Cultura é assim, junção de várias partes formando um todo, processos que se mesclam e interagem fazendo fecundar o próprio sentido. O sentido de desesconder as faces desse Brasil de tanta pluralidade.

Célio Turino

(abertura livro Histórias de Ponto)

2 comentários:

  1. Que lindo, como Célio, sou refém desse Brasil tão bonito e de muitas faces. Me apaixono todos os dias por essas manifestações tão mágicas e que despertam em nós sentimentos tão bonitos. Sou refém sim, desse BRASILZÃO de meu Deus.

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